terça-feira, 1 de julho de 2014

Mosqueiro luta sozinha contra a erosão

          Mosqueiro luta sozinha contra a erosão





Às vésperas do início das férias de julho, um dos balneários mais procurados do Estado era um refúgio de tranquilidade neste fim de semana. A ilha de Mosqueiro oferecia paz e descanso para quem resolveu passar o domingo pós-vitória do Brasil na praia. Apesar da aparência calma, o distrito já se prepara e está na expectativa de receber os veranistas a partir do próximo fim de semana.
Em algumas praias, como Paraíso e Baía do Sol, porém, a erosão é um antigo problema que permanece sem solução. No bar de João Santana, 58 anos, a erosão na praia da Baía do Sol exigiu reorganização. “A água já derrubou a mangueira daqui da frente. Se eu não tivesse colocado as pedras aí, a maré já teria derrubado a barraca”, comenta. João diz que o movimento ainda está fraco, mas que a tendência é melhorar com a chegada de julho. “A partir do dia 4, a gente espera que as vendas aumentem. É o tempo de o pessoal receber e vir para cá”, espera.
A gerente do bar e restaurante Paraíso Tropical, Alda Lopes, 33 anos, fala que o movimento no Paraíso está melhorando aos poucos. “Com a chegada de julho, a gente espera que o pessoal venha mais pra praia, principalmente nos fins de semana”, antecipa. Alda explica que os banhistas não frequentam tanto a praia como antes por causa da erosão. “Ninguém aqui faz nada pela gente e a maré derruba mesmo. Se a praia fosse mais cuidada, seria mais procurada com certeza”, observa.
MEDIDAS PRÓPRIAS
Carlos França, 48 anos, resolveu apostar no diferencial na hora de investir no restaurante Paraíso Nika. Com ambiente familiar, o local recebe um público cativo. Contra a erosão, um muro de arrimo foi levantado para conter a força da maré. Por causa da demora na resolução de problemas estruturais da praia, é Carlos quem assume o papel do poder público. “Eu tô fazendo a escada ao lado do restaurante pras pessoas descerem pra praia porque aqui ninguém tem opção sem ter que passar por dentro do restaurante”, justifica.
Na praia do Paraíso, o local é ideal para quem busca uma opção além das praias movimentadas da alta temporada. O empresário Fernando Ferri, 34 anos, prefere levar a família para locais que guardam a essência da ilha. “Mosqueiro tem um ar bucólico que eu gosto muito. É um privilégio poder contar com um lugar desse tão perto da cidade”, afirma.
A reportagem do DIÁRIO procurou a Agência Distrital de Mosqueiro para ouvir sua posição sobre as denúncias de descaso com a orla, mas a prefeitura de Belém não respondeu até o fechamento desta edição.
(Diário do Pará)

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